Eu (poema)

Sou inconstante, feito maré,
só entro na água quando dá pé,
como eu sou controverso,
às vezes me arrisco,
quase sempre me fodo,
quase nunca desisto.

Passo mais tempo calado,
e alguns acham que é timidez,
na verdade é falta do que dizer.
A timidez se manifesta apenas quando
estou à sós, perto de quem gosto, aí não sei o que fazer...

Não sou de usar frases feitas,
mas penso muito antes de falar,
principalmente quando falo de amor,
repasso cada parágrafo em pensamento,
antes de indagar.

Tenho um lado romântico,
que ainda acredita nos outros e no amor,
já meu outro lado,
é eternamente vingativo ao meu traidor.

Sempre quero estar ocupado,
tendo algo diferente pra fazer,
quando isso não acontece,
o tédio toma conta no meu ser.

Não me irrito com facilidade,
mas já briguei por futilidades,
irredutível, ah, como eu odeio,
quando tentam manipular minhas vontades.
Isso raramente funciona comigo,
quem consegue me convencer de algo,
pode se considerar mais que um simples amigo...

Sou meio desligado em alguns momentos,
e às vezes preciso da sutileza de uma tijolada pra entender o que querem de mim,
eu gosto de simplificar as coisas,
resolver os problemas, não gosto de parar antes do fim.

Eu não busco a perfeição,
meu pessimismo não deixa,
geralmente sou exigente,
um eterno carente, que só às vezes se queixa.

Sou direto, até demais,
nada contra as indiretas,
mas pra mim, "matemático",
a menor distância entre pontos ainda são as retas.

Autor: Eric C. César (eu)

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